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Rui L. Reis, UMinho, receives Advanced Grant from European Research Council (ERC), one of the largest and more prestigious grants ever attibutted to a portuguese Researcher, in a total amount of 2.35 million euros

Published, Dec 05 2012

Rui L. Reis, cientista da UMinho, recebe Advanced Grant do European Research Council (ERC), uma das maiores e mais prestigiadas bolsas de sempre atribuídos a um investigador Português, no valor total de 2.35 milhões de euros

 

 

Press Release

Rui L. Reis, cientista da Universidade do Minho, recebe Advanced Grant do European Research Council (ERC)

Uma das maiores e mais prestigiadas bolsas de sempre atribuídos a um investigador Português

 

Rui L. Reis, director do Grupo de Investigação 3B’s (Biomaterials, Biodegradables and Biomimeticswww.3bs.uminho.pt) e Presidente do Laboratório Associado ICVS/3B´s da Universidade do Minho, acaba de lhe ver atribuída uma das maiores e mais prestigiadas bolsas de sempre atribuídas a um investigador Português.

 

Trata-se de uma Advanced Grant (bolsa para Investigador Avançado) do European Research Council (ERC – Conselho Europeu de Investigação) com um projecto intitulado ComplexiTE - An integrated multidisciplinary tissue engineering approach combining novel high-throughput screening and advanced methodologies to create complex biomaterials-stem cells constructs, ao qual foram atribuídos 2.35 milhões de euros.

 

As bolsas do ERC são o tipo de projecto científico actualmente mais prestigiado na Europa em qualquer área cientifica. São bolsas individuais unicamente baseadas na excelência cientifica, sendo a sua avaliação baseada 50% no currículo cientifico do investigador (que deve estar no topo dos investigadores a trabalhar na Europa) e 50% na excelência do projecto a executar, o seu grau de risco e abordagem “cutting-edge” nas fronteiras da ciência do plano de trabalhos proposto. De facto estas bolsas destinam-se a apoiar frontier research, ou seja projectos transversais a várias áreas científicas, de natureza multi e interdisciplinar, sendo que a avaliação das propostas, executada pelos melhores cientistas internacionais, se baseia exclusivamente na excelência. As Advanced Grants destinam-se a financiar projectos de investigadores séniores e visam aumentar a competitividade e a visibilidade da investigação Europeia. É extremamente raro que alguém como Rui L. Reis, com apenas 45 anos, e que até ao ano passado poderia ainda concorrer às Starting Grants (bolsas do ERC para investigadores de alto potencial ainda não totalmente estabelecidos) consiga uma destas bolsas do ERC.

 

Estas bolsas, que já foram consideradas uma espécie de Prémios Nobel Europeus, têm uma taxa de aprovação da ordem dos 10% relativamente aos cientistas que sequer se arriscam a concorrer a algo com tamanha dificuldade e grau de exigência. No final deste ano deverão existir apenas cerca de 1200 cientistas em toda a Europa, em todas as áreas cientificas, que conseguiram uma bolsa avançada do ERC. Estima-se que até hoje apenas cerca de 50 a 60 investigadores Portugueses tenham concorrido a este tipo de bolsa avançada do ERC. Esta é apenas a sexta destas bolsas avançadas (criadas em 2008 e destinadas a cientistas de topo) atribuídas a um cientista Português, sendo apenas a quarta para áreas cientificas, de ciências exactas, da saúde ou tecnologias (as outras são em áreas Humanísticas ou de Ciências Sociais). É também a primeira destas bolsas a ser atribuída um cientista do Norte do País, que por acaso sempre trabalhou em Portugal e desenvolveu toda a sua carreira sénior na Universidade do Minho. Este facto associado ao amplamente noticiado facto de que Rui L. Reis é já o cientista Português com mais publicações de sempre no ISI Web of Knowledge (a principal base de dados cientifica – Thomson-Reuters), sendo também um dos investigadores Portugueses mais citados e com maior índice h, faz dele aos 45 anos um dos melhores cientistas Portugueses de sempre. Rui Reis conseguiu também muito recentemente um projecto Europeu no valor de 3.15 milhões de Euros (financiamento totalmente para a U. Minho), um dos maiores de sempre conseguidos por um investigador Português a trabalhar no nosso País. O CV resumido de Rui Reis encontra-se em anexo.

 

O montante da ERC AdG permitirá, durante 5 anos, desenvolver trabalho na área da engenharia de tecidos, nomeadamente numa abordagem única e multidisciplinar que permite combinar metodologias avançadas com tecnologias inovadoras de HTS (high-throughput screening) de modo a criar estruturas complexas de biomateriais e células estaminais. O projecto ComplexiTE, propõe uma totalmente inovadora abordagem integrada e multi-disciplinar para tentar fazer face aos múltiplos factores e variáveis associados às interacções entre células estaminais e biomateriais envolvidos na implementação de diferentes metodologias para a engenharia e regeneração de tecidos humanos. Pretende-se produzir conhecimento no âmbito da Medicina Regenerativa que permita no futuro desenvolver substitutos de tecidos com funcionalidades in-vivo únicas. Serão concebidos novos equipamentos, novos métodos de análise (HTS, biochips/arrays originais), maneiras inovadoras de combinar materiais (particularmente hidrogéis) e de ver a acção desses sobre subpopulações especificas de células estaminais, bem como novas metodologias para avaliar a performance destas combinações materiais-células em modelos animais.

 

O objectivo principal do projecto será o de desenvolver investigação de topo, a publicar em revistas de alto factor de impacto e que gere propriedade intelectual (patentes), direcionada para as questões identificadas acima, tendo como base abordagens radicalmente inovadoras que permitam produzir e melhorar novas e disruptivas estratégias de engenharia de tecidos que sejam relevantes a nível industrial e clínico através do domínio da inerente complexidade associada à correcta selecção de entre um número imenso de combinações de possíveis biomateriais, células estaminais e condições de cultura. 

 

Questionado sobre a relevância desta bolsa avançado do ERC Rui L. Reis declarou que: “Trata-se de um momento único conseguir algo tão difícil e competitivo e que só está ao alcance dos melhores cientistas da Europa. Consegui-lo aos 45 anos e tendo sempre trabalhado em Portugal, nunca tendo sido reconhecido pelos “poderes científicos” instalados e pelas gerações que me antecederam reforça certamente a importância do feito. Sinto-me orgulhoso e sei que este projecto vai ser muito útil para a minha Universidade e o meu grupo de investigação. Espero que agora aqueles que sempre defenderam que o ERC era a verdadeira excelência reconheçam a qualidade do que fazemos, e o que o poder político, desde a AR ao PR, passando por entidades regionais e locais, estruturas cientificas e claro os media nos tratem como trataram outros em circunstâncias semelhantes. Já não digo que é altura de fazermos parte de algum conselho ou painel da Fundação para a Ciência e Tecnologia, de Conselhos de Ciência e Tecnologia, etc., como fazem tantos outros nunca tendo feito nada que curricularmente se assemelhe. Isso já era pensar num País que nunca será o nosso. Um País com uma meritocracia baseada no que realmente produzimos e não em simpatias, amizades ou no local onde nascemos ou trabalhamos. Mas seja como for continuaremos a trabalhar, mantendo o rumo, sem inflexões! De fora do País virá sempre reconhecimento e outras coisas boas…”

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